domingo, novembro 27, 2005

Que rainha sou eu?

A gringa veio e arrasou. Winnie é um amor de pessoa, ao contrário da bruxa que pintaram para nós. ela veio da Suíça para o Brasil fazer uma visita de inspeção para o evento de Janeiro. Eu e a Vanessa, a nova funcionária da IT, tivemos que ficar paparicando a mulher. Primeiro achamos que seria um porre, mas ela é um doce, uma graça de pessoa e no final nos demos muito bem.

Hotéis aqui, restaurantes ali e salões acolá. A visita rendeu-nos boas garrafas de Veuve Clicquot e até uma balada funk tenebrosa. Ainda assim foi muito bom.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Eu te amo e vou gritar pra todo o mundo ouvir!

Finalmente eu consegui começar a organizar a vidinha...

Depois que chegamos foi uma loucura. Aterrissamos em SP uma semana depois do planejado. Pena, porque as férias de uma semaninha aqui teriam ajudado a organizar a casa, por tudo em ordem, etc.

Cheguei no meio da bagunça do trabalho da ESPM, que está fantástico, estamos indo super bem. Mas este é um outro post...

O apê está lindo. Super limpinho, gostoso, aquele barulhinho maravilhoso dos pássaros. E, claro, um quarto inteiro de presentes que eu não sei por onde começar a arrumar. Ainda precisamos separar os repetidos pra levar para trocar, mas tudo é tão legal que eu não estou cabendo em mim de tanta alegria.

Passamos a primeira semana como bobos, na nossa casinha com cama gostosa, lençóis cheirosos, banho com muuuuita água, muito sabonete e muito shampoo, muita comida gostosa na hora que queremos. Perfeito. O paraíso na terra. Estamos em glória. Vários filminhos na super TV com o super home theatre (thanks Vita, Paty e Xinho!) e cerveja gelada (THANKS Wilsinho e Simone!). Aliás, perguntem para o Gu, a uma certa altura, até cerveja quente estava bom. Mas chegar aqui e tomar cerveja gelada não tem preço.

Para todos que não sabem o que é ficar sem cerveja gelada, entre outras coisas, aprendam a dar valor.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Lua de Mel 3 - parte que não pode faltar

Chegamos em Dallas. Meio detonados por tudo que passamos mas tudo bem. Prontos pra outra (não igual nem pior, claro!). Como o vôo para o Brasil já havia saído, precisamos ficar uma noite lá.

O hotel era muito gostoso, um super café da manhã - não igual aos primeiros, mas perto dos últimos, aquilo era um banquete. Tipo executivo, perto do aeroporto, mas um paraíso...

Bom, considerando que queríamos fazer uma paradinha em Miami para compras, o stop em Dallas foi um favor. Pena que só por uma noite, mas na verdade nem queríamos ficar mais considerando que nossa vontade era dormir no nosso apê novinho.

De qualquer jeito, foi ótimo. De manhã fomos direto para uma loja de eletrônicos, porque eu queria que o Gu enlouquecesse. Dito e feito. Ele pirou quando viu que os preços eram tão baixos comparados com os nossos. Por ele acho que teria gasto uns US$5.000 só de começo. Quanta tristeza ao saber que só poderíamos trazer os US$1.000... he he he

Enfim, compramos a máquina que eu queria (na verdade BEM melhor do que eu queria), um MP3 player muito legal, o Gu comprou um palm super lindo e levinho, um super potente roteador de wireless, para a internet no nosso apê. E um monte de outras coisas.

Depois fomos a um shopping e o Gu pirou com os preços na TH. Comprou e comprou, eu comprei e comprei.

De tarde tomamos o vôo de volta para a casinha. Nunca fiquei tão feliz de voltar pra casa! Principalmente casa nova!!!

Chegamos no Domingo, uma semana depois do previsto. Fiz uma cara de super doente (se bem que não precisava de muito teatro) e passamos direto na alfândega, sem nem pegarmos fila. Claro que o Gu, nesta hora falou: "Nossa, a gente poderia ter trazido tudo!!!"

Chegamos no nosso ninho!!! OBA!

Tudo de bom, a casa estava arrumadinha esperando por nós. Tudo novinho, tudo limpinho e cheiroso. Ai, que delícia!

Agora é só curtição na vida de casados. Depois de passarmos por isso estamos muito mais unidos e sabemos o que é dar valor para as nossas conquistas...

quarta-feira, novembro 02, 2005

Lua de Mel 2 - um vendaval

Começamos muito bem, achando que tudo seria muito emocionante e, principalmente, rápido. Pelos nossos cálculos, sairíamos do hotel ficaríamos umas 10 horas no abrigo e depois voltaríamos para a balada.

Saímos para o abrigo muito organizadamente, de ônibus em ônibus, já dentro da Lei Seca (muito ruim...), para irmos ao Plaza de Las Américas, onde ficaríamos no cinema. Este seria nosso abrigo. Chegamos lá e descobrimos que estávamos nós e o outro hotel da rede. Umas 2000 pessoas, no cinema, que é tipo um Cinemark, com 11 salas. Pegamos uns lugares bem confortáveis, 7 cadeiras para eu e o Gu deitarmos tranqüilamente. Beleza. Chegamos por volta das 14h (do dia 20) e a previsão para a passagem do furacão era para aquela noite (pena, isso significava que não haveria balada :-(

Jantamos não a comida do hotel, mas sanduíches com fartura, frutas, sucos. Nada do que reclamar. Aliás, sim, porque não tinha bebida. E nem como tomar banho. Mas até aí, tudo beleza.

O pessoal do hotel foi exepcional. Até passaram um filme, "The Wedding Crashers" uma comediazinha que valeu para darmos umas boas risadas e fazer o tempo passar, afinal não tínhamos muito o que fazer senão lermos (até que desse dor de cabeça, pois a luz não era a mais propícia). Aliás, 'devorei' o "Sushi for Begginers" (thanks Paty!!!). Salvou a minha vida. Eu teria enlouquecido. Comecei até a ler "Angels and Demons" depois. Daí a força acabou. E, realmente, ficamos sem ter o que fazer, porque o gerador era muito fraco para ler.

Neste meio tempo as pessoas começam a se ajudar. Uma americana muito fofa me ofereceu seu celular para eu ligar para o Brasil, para podermos avisar da situação. Minha mãe, claro, desesperada.

Tivemos o prazer de encontrar 3 brasileiras: Dulcinéa, Salete e Cássia. E depois, um casal com um filhinho: Rogério, Michelle e Lucca, de 3 anos. Bom termos mais de nós neste momento.

O barulho a noite foi terrível, mas pelo menos acordamos felizes de que voltaríamos para o hotel. Qual não foi nossa surpresa ao descobrirmos que o barulho da noite anterior não tinha sido o furacão, mas uma pré-tempestade. O status era de que o furacão tinha diminuido sua velocidade, apesar de a categoria permanecer 5, e que por isso ainda não tinha chegado em Cancun. A previsão seria para às 14h. No horário, nada. A previsão passou a ser por volta das 20h. E nada. E cada vez o furacão mais devagar. Tivemos que mudar de sala porque na nossa, o chão havia inundado e o pessoal não tinha mais como puxar água no rodo. Fomos da sala 9 para a sala 4. Demos sorte, porque mesmo lá conseguimos 4 cadeiras. O Gu preferiu dormir no chão, pois já estava com dores nas costas.


Nosso abrigo detonado

O inferno havia começado, pois os banheiros já não estavam mais funcionando pela falta de água, então o pessoal improvisou com tinas, garrafões de água mineral cortados, etc. A coisa estava começando a ficar feia.

Ele veio. Ou "ela" veio, porque em inglês furacão é feminino e "ela", no caso, era Wilma. Aquela coisa meio Fred Flinstone, muito maior do que o imaginado. WIIIIIIIIIIIIILLLLLLMMMMMAAAAA!!!!
Um barulho fenomenal. Ensurdecedor. Aterrorizante. Indescritível. E que não acabava nunca. Sem dúvida, foi a noite mais longa de todas as minhas insônias.

Pela manhã o barulho já era menor. Tentamos sair para ver os estragos. Mas muita coisa já dentro do cinema estava detonada. O teto da parte onde eram dadas as refeições (que há muito já estavam sendo racionadas) havia desmoronado. Desta área, onde podíamos ver o corredor do shopping, muito vidro no chão, pois o teto dos corredores, de vidro para facilitar a entrada da luz natural, veio todo abaixo.

No meio final da manhã pudemos descer para o estacionamento do shopping. O estrago era bem grande, muito alagamento, muitos postes caídos. O pessoal do hotel decidiu que deveríamos abandonar o cinema, mudando para o estacionamento, onde seria muito mais seguro. Muito menos confortável também, que ficasse claro para todos.


o abrigo desabado

Ao chegarmos no estacionamento escolhemos um local que era um acesso ao andar do shopping, ou seja, tinha uma boa entrada de luz natural, o que contribuiu para boas horas de leitura. E também estávamos como numa 'calçada', ou seja, não estávamos no chão direto. Bem mendigos mesmo he he. Os banheiros improvisados começaram a ser deixados de lado e o povo começou mesmo a usar o "banheiro" entre os carros ou na parte externa do estacionamento. Eu comecei a reduzir a comida e bebida para evitar de ir ao banheiro. Terrível. Nem água eu queria beber. Até que o Gu me lembrou que eu poderia ficar desidratada e seria muito pior. Lá vamos nós, comer e beber só pra poder sobreviver. Terrível. Só queríamos ir embora dali e voltarmos para o hotel. Em determinado momento, fomos avisados que os ônibus chegariam por volta das 18-20 horas para retornarmos ao hotel. O povo enlouqueceu de alegria, claro. Muita gente já fez a "trouxa" e desceu para o estacionamento aberto, para esperar. Eu e o Gu ficamos, aumentamos nosso espaço, pois ainda teríamos umas boas 3 horas até a saída. Então, quando começavamos a nos preparar para descer o pessoal começa a voltar. Os ônibus não viriam. E por esta não poderíamos esperar. A noite seria ali. No chão.

Se a noite anterior foi ruim, esta foi muito pior. A calmaria havia se dado porque estávamos no olho do furacão. Ele não tinha ido embora. Havia voltado e com muito mais força. Ali foi o inferno.


Nossa "cama" no estacionamento

A água da chuva começou a subir e no andar inferior quase chegou ao teto. A água escorria pelas rachaduras de escoamento e o barulho era infernal. E começava a inundar o piso. Muita gente começou a subir nos carros e o Gu quis quebrar uma janela para que nós dormíssemos seguros. Deixamos esta possibilidade para só que realmente a água subisse para perto de nossa "calçada". O cheiro começou a ficar insuportável, porque afinal ali virou um banheiro público a céu aberto, para 2000 pessoas. Indescritível. Foi como estarmos morando embaixo da ponte no rio Tietê e o rio inundasse. O barulho do furacão era insuportável, muito mais que no cinema. Foi uma noite terrível, dura, gelada não de frio, mas de desespero. E nós ali, juntos, não tendo o que fazer senão rezar. E esperar.

Pela manhã o Gustavo aparece com dois saquinhos de salgadinhos dizendo que não havia mais comida e que o pessoal havia invadido o supermercado atrás de comida e água. Pouco depois uma inglesa aparece com um monte de salgadinhos, dizendo que soube que passaríamos ali os próximos 10 dias. Acho que foi meu momento de desespero. Falei para o Gu para irmos ao supermercado buscar mais comida. Não muito, pois não queríamos imaginar que ficaríamos ali por tanto tempo. Subimos. Pegamos bolachas, salgadinhos e água, muita água. Além de um sabonete e papel higiênico. A aquela altura eu já estava nojenta, suada, assada do suor, com dores no corpo, com um nojo incrível de mim, do lugar, de tudo. Só queria voltar para a minha casa. Só isso.

O supermercado havia sido detonado. Não só por comida e bebida, mas muitos tiveram a coragem de pegar máquinas fotográficas e otras cositas más, pelo que nos falaram. Aliás, soubemos que nestes casos a população invade para roubar TV, DVD, etc. Loucura.

Pouco depois da uma da tarde o pessoal do hotel disse que nos levaria para um outro local. A chuva havia parado e fomos levados (a pé, claro) para uma arena de touradas, a uns 850m dali. O paraíso. Luz natural e ar puro, sem o cheiro de esgoto do estacionamento. De tarde começaram a levar a turma para o hotel. Não ao nosso, que foi todo detonado, mas o Gran Costa Real. Todos os 2000 teriam que se espremer nos apartamentos que sobraram dos 350 disponíveis. Muitos deles não poderiam ser usados por causa do estrago.

Demos sorte porque nossos amigos Michelle e Rogério estavam hospedados naquele hotel então todos os brasileiros (8, pra ser mais precisa) ficara no mesmo quarto. Pra quem ler isso e assustar, relaxe. Poderia ser pior. Muita gente não coube nos apartamentos e precisou ficar em salas de reunião. Mas neste caso, as salas eram pequenas e não tinha ar condicionado, então ali era o inferno. No quarto pelo menos deixamos a janela aberta e a porta idem, assim o ar circulava e dormimos muito bem. Exceto pelo fato de aí eu ter desenvolvido um certo problema intestinal e ter passado o inferno.

A partir daí ficamos mais 5 noites em Cancun, sem água, sem energia elétrica, mas pelo menos com comida e água para beber. Tá certo que a determinada altura eu comecei achar que eles estavam fervendo a água contaminada e que não estava adiantando muito.

O que todo mundo quer saber: sim, a cidade estava pavorosa. 90% das árvores plantadas na Zona Hoteleira voaram e para que alguns veículos passassem elas foram cortadas e colocadas de lado. As que ficaram estavam sem nenhuma folha, ou seja, o cenário colorido de Cancun, do azul do mar com o verde das plantas não existia mais. O mar estava marrom porque o mar passou por cima dos hotéis (literalmente a água invadiu até o 3° andar dos hotéis antes do cotovelo) e foi até a Lagoa Nichupte, trazendo toda a sujeira de volta. Ou seja, Cancun vai parecer Santos por uns 2 meses. Nenhum hotel da Zona Hoteleira antes do cotovelo ficou habitável. Uma parte do Hilton veio abaixo, vai ter que ser todo refeito.


Uma das árvores levantadas

Ficamos lá, tomando banho de tina por mais 5 dias, até que conseguimos uma reserva para o dia 26. Infelizmente a coisa havia mudado e por causa da Lei Marcial (muita gente saqueando muita coisa), o exército havia fechado todos os caminhos e ninguém poderia ir ao Aeroporto. No dia 27 acordamos às 5 de la matina para irmos para uma escola onde teríamos que pegar uma senha para tentarmos voltar para os Estados Unidos. Graças a Deus, pouco mais que meio-dia, as senhas laranjinhas chegaram até nós, quase os últimos da fila (quer dizer, a escola foi fechada pouco depois que entramos e na rua ainda havia uma fila de quase duas milhas).

CONSEGUIMOS!!! Voamos para Dallas e a melhor notícia que eu havia ouvido em dias foi o comandante dizendo... "Guys, let's take these people home!" O avião foi ao delírio...


To be continued...

terça-feira, novembro 01, 2005

Lua de Mel 1 - parte MARAVILHOSA

Explico o por quê de duas fases para a Lua-de-Mel: fomos para Cancun. Mais precisamente para a Riviera Maia. E, no final da viagem All Inclusive, tivemos um adicional: o furacão Wilma. Que vai entrar no capítulo à parte.

Bom, vamos à parte que foi um TUDO...

Saímos daqui na segnda-feira dia 10, indo para Miami. Chegamos em Cancun no dia 11 de Outubro com, claro, um dia maravilhoso, um calor delicioso, pedindo pra ir correndo para a piscina. Fomos para o Paradisus Riviera Cancun, um hotel divino da rede Meliá. Lá fomos acomodados no Serviço Real, ou seja, coisa de rico mesmo, com direito à piscina exclusiva com cama e tudo.

Ficamos no Paradisus por duas noites, aproveitando tudo o que era possível daquela super piscinona, dos restaurantes, de tudo quanto foi bebidinha colorida e até da sala de ginástica! Participamos da "Cena de Lunamieleros" mas fugimos no meio para irmos comer no francês que estava muito melhor e muito mais romântico. he he he

Do Paradisus, que fica em Puerto Morelos onde o mar não é tão azul assim, fomos para o Royal Playa del Carmen, um hotel novo, de luxo, em Playa del Carmen (claro), onde o mar é azul, para a alegria do Gu. Mais piscina, muito mais mar azul e pra lá de boas bebidinhas coloridas! Teve até festa de inauguração, pois o hotel está começando suas operações. Foram mais 6 dias deslumbrantes. Comemos muuuuito e bebemos muito, tomamos muito sol no meio da mulherada de topless (não, eu não fiz porque meu marido é machão). Foi tuuuuudo de bom.

Fizemos um passeio para Xel-Há, que não tínhamos ido no ano passado e eu também não conhecia de outras viagens. Xel-Há é deslumbrante, um tipo de XCaret mas sem os animais. Coisas lindas, tiramos muitas fotos. Fizemos o passeio de bóia dupla onde eu tenho certeza de que remei mais que o Gu. No final, por incrível que pareça, compramos um souvenir - um porta-retrato para colocarmos uma super foto nossa.

De Playa del Carmen fomos para Cancun. Um dia de muuuuuuito sol, muita bebida e muita comida. E o mar azul, azul... Meio nervoso (como eu nunca tinha visto), mas azul! No dia seguinte...

Fui buscar o material do Travel Mart e ficamos sabendo que um furacão passaria por Cancun. Nossa primeira reação foi... "noooooooossa, que BEM louco!!!"

Nesta noite fomos para a festa no Pat O'Briens. A festa foi demais. Comemos, bebemos, dançamos até ficarmos detonados... Tiramos uma foto linda (que por supuesto vai ser colocada no porta-retrato lindo de Xel-Há). Tudo o máximo. Quando chegamos de volta no hotel recebemos o aviso de possibilidade de evacuação por causa do furacão no dia seguinte. Perguntamos quanto tempo duraria um furacão e nos disseram que, em geral, 4 horas, 6 horas se o furacão fosse ruim. Nosso pensamento... Beleza! Tiramos umas boas fotos, vamos para o abrigo e de noite estaremos de volta para mais balada e muuuuuita bebida!

Ledo engano....